DESCOBERTAS

Descobri agora,
pouco a pouco
os loucos ritmos
do teu corpo.

Os sons,
em sintonia alterada,
que te fazem estremecer.

Os fantásticos pequenos gestos,
quase nada, imperceptíveis,
de onde surgem nossos mundos
que você, tão mulher,
me apresenta.

Acrescentados de paisagens
que retratam imensa entrega,
em eterna ebulição.

Mas sempre doces e só nossos!

Novas sensações
que você sabia renascidas agora
do mais profundo de mim,
e onde você se sabia tirana,
mas servil.

Vivemos amor!

Todo amor de nossos mundos.
Todo o amor que me transbordava da alma
e que nunca encontrara destino;

Meros fantasmas de orgasmos sem amor.

Nos amamos intensamente,
uma duas e outra vez.
Nossos corpos se derramando
em fluidos e satisfação.

Agora o depois!

já em descanso, ficamos deitados olhando
com olhos doces, para nossos corpos nus.
Nossas coisas que aportavam nossos desejos.
Nossas peles em pequenas brincadeiras assim:

_ Tens aqui um sabor diferente...

E você...

_ O que é isto?

Logo, chorávamos de tanto rir.

Nos beijamos de olhos cerrados,
mais que fechados.
Sentindo novamente todo o corpo efervescer.
E passamos nossas línguas pelos recantos secretos
onde deuses do amor espreitam ao menor toque da pele.
Nossos lábios descobriram prazer,
em recantos nunca antes imaginados.

E rimos mais!

Rimos como se quiséssemos esquecer as lágrimas
amargas que choraríamos na hora da despedida
e nas semanas de ausência que se seguiriam.

Mas nesse instante,
nesse mesmo instante em que nos entregávamos,
e todo o mundo acabava,
todo o tempo ficava em suspenso.

Até ao momento em que
um "ponteiro" digital
nos lembrava que o mundo
não espera pelos que se atrevem
a desafiar e permanecer,
nos reinos dos dependentes do AMOR