NUA DANÇA...

NUA DANÇA

A noite desce

Exalando perfume

O corpo treme

Quase em prece

Olhos cerrados,

Peito ofegante

Falares mudos

De mudas línguas

Toques de harpa

Dedilhando sonatas

De tua pele na minha

Reconheces a estrada

Macia e perfumada

Nas curvas te arriscas

Me revolvo...

Me deleito...

Passeios em templos

Quase fechados

Úmidos vales

Perigosas curvas

Estremeço...

Nos montes é tudo deleite

Picos rijos

Breves açoites

Quando passas

É quase silêncio

Nessa dança nua

Sigo o compasso

Da música tua...

É quase tortura...

Nos montes que desces

É quase explosão

No limiar do céu...

Orvalhado de amor...

Eu sinto o compasso

É quase êxtase

Me entrego

Em teus braços

É quase dor...

Nós somos um só

No impulso

Do amor

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 24/05/2007
Código do texto: T499279