VEM DEPRESSA, QUE ANOITECE!

Traz os teus grãos para o celeiro

que tenho n'alma e no coração!

É muito fácil: bastará que colhas

o que plantaste pela vida inteira

na solo fértil do desprendimento

com amor, carinho e dedicação...

Traz-me as sementes germinadas

que espalhaste nos campos da amizade

com o adubo quente da paixão...

Traz-me os tubérculos, os cereais, as frutas,

o milho e o trigo do teu bem-querer,

os pomos dourados, os teus melhores sonhos...

E... por fim... Vem tu também!

Vamos fartar-nos das provisões guardadas

das boas safras que a vida ofereceu,

mas não demores, que a juventude passa...

Vem depressa, amor, que anoitece

e a noite inexorável pode impedir,

o gozo pleno dessa nossa messe!

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Renato Alves
Enviado por Renato Alves em 19/10/2014
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