VEM DEPRESSA, QUE ANOITECE!
Traz os teus grãos para o celeiro
que tenho n'alma e no coração!
É muito fácil: bastará que colhas
o que plantaste pela vida inteira
na solo fértil do desprendimento
com amor, carinho e dedicação...
Traz-me as sementes germinadas
que espalhaste nos campos da amizade
com o adubo quente da paixão...
Traz-me os tubérculos, os cereais, as frutas,
o milho e o trigo do teu bem-querer,
os pomos dourados, os teus melhores sonhos...
E... por fim... Vem tu também!
Vamos fartar-nos das provisões guardadas
das boas safras que a vida ofereceu,
mas não demores, que a juventude passa...
Vem depressa, amor, que anoitece
e a noite inexorável pode impedir,
o gozo pleno dessa nossa messe!
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