Alma

A efêmera materialidade

nada vai importar

no momento em que

minha alma se libertar da matéria

que a abriga

Sobre o tempo que transcorre

impiedoso

não há barreira que estanque

sua pressa mordaz

O que fazer senão

deixar que ele - o tempo - faça seu trabalho

sem resistir a isso?

Sobre as questões ainda sem resposta

Diante do caos que voluntariamente

permiti que se instalasse

Solto à vontade do tempo

A leveza dos sonhos que ainda tenho

Enquanto realizo com urgência

o que decretei que mereço.

Fernanda Vaitkevicius
Enviado por Fernanda Vaitkevicius em 20/10/2014
Reeditado em 24/02/2016
Código do texto: T5005083
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