Apologia

Deixei os versos soltos em um papel

e vi ganhar vida o que não mais tocaria o céu

num bailar estranho

palavras subiam e desciam

tentando me atormentar

era só o outro lado

E minha caneta

tinha sensor

para a dor

em meu peito fazia apologia ao teu sorriso

de um modo sombrio

eu me agarrava ao último suspiro

um prazer mórbido nesse querer

lágrimas se permitiam e faziam apologia ao teu sorriso

Vi queimar o papel, a caneta e o peito...

Vi acender a luz

do engano

Vi queimar o sonho e os planos

Em apologia ao teu sorriso

um verso pequeno, uma letra longa

um poema sem graça

apenas um indriso

Gammy
Enviado por Gammy em 05/11/2014
Reeditado em 05/11/2014
Código do texto: T5024051
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