A UMA POETISA

A UMA POETISA.

Faz tanto tempo, e na minha infância um dia,

Tive o primeiro flerte, o primeiro amor,

Trocávamos entre olhares de pudor,

Malícia que na época não se podia.

Brincávamos de amar, porém amando,

Na brevidade de nossas doces seduções,

Desfizeram-se em lágrimas nossas paixões,

Que fui, gota a gota, pela vida semeando…

Ainda trago gravada forte lembrança;

Nós nos queríamos tanto e eras a minha vida,

Nascera o amor em duas almas de criança.

Ainda vejo em teus versos uma sentida

Dor que o meu íntimo profundo alcança

Com outra dor, tal qual e tão merecida.

De ege-sp

Do livro poeira e flor.

EGÊ VALADARES
Enviado por EGÊ VALADARES em 09/11/2014
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