Equilibrista

Tal como uma equilibrista eu vivo sobre a linha tênue que é te deixar e te reviver.

Eu vivo em meio a presença das tuas ausências.

Eu vivo lembrando do teu esquecimento.

Eu vivo a tua presença não consentida.

E a tua ausência não desejada.

Eu vivo o teu tudo, mas ao mesmo tempo ,és meu nada.

Eu vivo entre extremos.

Eu vivo numa corda bamba.

Difícil decidir um lado.

Seguir?Em qual lugar ficar?

Canso dessa viagem de ir e vir.

Sem nunca, de fato, ir.

Sem nunca te ver voltar.

Anelise Passos
Enviado por Anelise Passos em 14/11/2014
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