O BANHO
Deixe-me salivar o teu corpo,
Te banhar com meus beijos,
Amando-te, sem pressa.
Juntos, no banho, vejo na espuma
O cintilar cristal dos teus olhos.
Somos esculturas de uma só arte;
Dispensamos molduras.
Silhuetas móveis dentro do vapor
dos nossos corpos.
Submersos numa enchente de desejos e paixões,
Sentimos a água viscosa a nos enxaguar, sem pressa.