O BANHO

Deixe-me salivar o teu corpo,

Te banhar com meus beijos,

Amando-te, sem pressa.

Juntos, no banho, vejo na espuma

O cintilar cristal dos teus olhos.

Somos esculturas de uma só arte;

Dispensamos molduras.

Silhuetas móveis dentro do vapor

dos nossos corpos.

Submersos numa enchente de desejos e paixões,

Sentimos a água viscosa a nos enxaguar, sem pressa.

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 25/11/2014
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