O casamento entre o Céu e a Terra
Ouve-se um ribombar dos trovões,
É uma nova fase da humanidade.
Iniciam-se os esponsais entre o Céu e a Terra.
Os povos, as sociedades alegram-se e reaprendem:
Suas origens, seus valores.
O Sol, astro Rei, recebe a ordem sacerdotal.
Para, agora, celebrar a união
Dos enamorados à eternidade.
E enfim, unirem-se à aliança
Da felicidade.
O niilismo imanente de Camões,
Das experiências de amor,
Às cartas de desilusões.
Fazem os adornos cerimoniais,
Aos noivos, livres corações.
Mas, nesta hora, o que mais importa:
A paixão entre o Céu e a Terra
É o que se encerra:
Harmonia, paz e esperança,
Regresso dos cortejos.
Tempos outrora, como criança.
Os convidados aguardam
A aproximação dos recém-ligados.
Os olhares, então, à Eva e Adão.
Que junto aos convocados,
Aguardam o matrimônio.
A natureza se expande seus olhares:
Árvores, rios e mares celebram
Juntos à volta da felicidade.
Enfim, chega a hora, a aliança
Colocada como esperança
Para, finalmente, reviverem:
O homem, a Natureza, a Terra, o Sol
Eternamente...