UMA PAIXÃO DE CRIANÇA, IDALINA FLOR MENINA

UMA PAIXÃO DE CRIANÇA, IDALINA FLOR MENINA

Conheci uma menina

Na minha infância vivida

Idalina flor menina

Menina flor Idalina.

Tal qual bela e purpurina

Seu doce olhar me fascinava

A todo menino encantava

O seu olhar que brilhava.

Idalina flor menina

Menina flor Idalina

Fostes de minha infância perdida

Minha paixão desmedida.

Viceja em teu doce olhar

Cintilantes centelhas de amor

Que na inquietude da dor

Distante sozinho ficava a sonhar.

Qual tempo de anjo vivido

Na imaginação de pobre menino

Em que no meu peito fugaz

Existia uma paixão incontida e voraz.

Da minha infância tristonha e infeliz

Fostes para mim o amor que não tive

Mas em meu mundo imaginário me contive

Mesmo assim num espaço vivi um amor com sabor de anis.

Menino jovial e introvertido

Vivi, sofri esta paixão avassaladora

De uma pobre criança que na vida

Não extravasou nesse represado mundo vivido.

Foi essa uma parte da vida

De minha infância vivida

Que retraída e sofrida

Tive minha doce paixão incontida.

Foi naquela doce menina

De andar faceira nas nuvens

Doce serena que conduz

A uma plena viagem que seduz.

Foi nesse mundo tão fugaz

Que conheci Idalina

Das rosas à purpurina

De um amor cortante e voraz.

Fostes o alimentar do meu ser

Daquele amor infantil a enobrecer

O meu tenro e amargo viver

Idalina flor menina, só vem lembranças a entristecer.

JOAQUIM DA TÁVOLA
Enviado por JOAQUIM DA TÁVOLA em 19/12/2014
Código do texto: T5074517
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