Nat King Cole - Love Is A Many Splendored Thing


 
QUEM SOU EU? EU SOU O AMOR... (REEDIÇÃO)
 

Jamais me fales de razão, não me peças coerência,
Não me cobres lógica, não me cobres nada, não é necessário.
Conscientiza-te! Eu sou a mais pura e total emoção!
Tenho razões e motivações próprias,
Porque antes sou movido pela paixão.
Essa é a minha religião, é a minha essência.

Não meças meus sentimentos,
Não tentes compará-los à coisa alguma.
Deles sei eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos, eu e minha alma pura,
Eu sou tudo e não sou nada, dependo de como me sentes!

Tua incerteza me fere, mas não me mata, faz-me, apenas, sofrer.
Tuas dúvidas me açoitam, mas não me deixam cicatrizes.
Não me fales de nuvens, eu sou o Sol, eu sou a Lua,
Eu sou o fogo e o gelo, sou o calor e o frio,
Ás vezes suaves, muitas vezes mortais!

Não percas tempo contando poças d’água, elas são coisas mínimas.
Eu sou o mar profundo, intenso, violento, eu sou passional,
Não exijo prazos, nem datas, sou eterno, atemporal.
Não exijo condições, sou absolutamente incondicional.

Não tente me explicar, eu apenas aconteço,
Sem hora e ordem, em algum lugar, em qualquer local!
Vivo em cada molécula tua, sou todo e sou uno,
Tu não me vês, mas me sentes.
Estou sempre presente na tua solidão
E mais ainda em teu sorriso, na tua alegria.

Poderás viver ou morrer sem mim,
Mas, jamais sobreviverás sem mim!
Eu sou o começo e o fim, não sou apenas um meio.
Sou a razão que a própria razão desconhece!
Tenho milhões de nomes em vários idiomas, inúmeras definições,
Algumas imperfeitas, outras certas, apenas lógicas,
Muitas com motivações próprias, pessoais,
Algumas corretas, outras totalmente erradas, precipitadas.

Apesar de saber que sou tudo e não sou nada,
Sei que sem mim o tudo é nada!
Sou o anoitecer e o amanhecer!
Sou Fênix, renasço das cinzas!
Sei quando tenho que morrer, porque sei quando irei renascer!
Mudo protagonista, jamais serei intérprete, mas serei história,
Troco de cenário, mas não de roteiro.

Sou música, ecoo, balanço, reverbero!
Sou fogo, queimo, destruo, incinero!
Sou água, afogo, invado, inundo!
Sou bondade e sou maldade, prazer e dor,
Sou felicidade e infelicidade, desejo e repulsa,
Sou alegria e tristeza, força e fraqueza, coerência e incoerência!
Sou paradoxo, não tenho preço, sou caro e barato,
Sou indefinido, indefinível, indescritível, imensurável, único!
Sou platônico ou total!
Sou tempo, sem medida, sem marcações,
Sou infinito, eterno, indecifrável, imensurável!
Sou absoluto e abstrato, sou droga que cura e mata,
Sou vício, sou vida, sou morte!
Sou clima, proporcional à minha fase!
Sou vento, arrasto, carrego,
Sou furacão, destruo, devasto, arraso!
Sou tijolo, massa, concreto, recomeço e reconstruo!
Sou cada estação do ano, no apogeu e na glória!
Sou teu problema e tua solução!
Sou teu veneno e teu antídoto!
Sou tua memória e teu esquecimento!
Sou teu reino e teu altar!
Sou teu trono, às vezes prisão!
Sou teu abandono e tua liberdade!
Sou tua luz e tua escuridão, teu desejo de ambas!
Sou tua tranquilidade e teu desespero!

Velo pelo teu sono, mas também o roubo e te acordo como pesadelo!
Eu poderia continuar me descrevendo.
Contudo, creio, já tens uma ideia de quem sou.
Muito prazer! Tenho vários nomes...
Pensaste que eu fosse Deus todo poderoso?
Não, não sou! Sou, apenas, uma partícula que Dele emana,
Eu sou o amor, antes paixão,
Sou a própria paixão que, em ti, ainda existe, vive
Eu sou o amor que mora no teu coração,
Sou o amor da tua vida!

(poema escrito por jlc - jan)



 
jlc
Enviado por jlc em 25/12/2014
Reeditado em 25/12/2014
Código do texto: T5080689
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