Insídias da Paixão
Na velha cidade, o entardecer
Que ao lado da solidão está a envelhecer
Esperando que um sonho o iluda
Ouvindo os conselhos de uma noite muda
Ela relembra-o antigos amores
Sussurrando ilusões cheias de cores
Persuadindo a uma nova relação
Os sonhos dele outra vez morrerão
Ela o envolverá na escuridão noturna
Soerguendo sua sedução soturna
E Mostrará seu aspecto mais abismal
Com paixão que instiga o instinto animal
Ó paixão obscura que cresce no jardim
Ó era venenosa e espinhenta sem fim
No coração cria sua raiz
Seu fruto é felicidade infeliz
Paixão! Paixão! Paixão! Paixão!
Deixou a felicidade no caixão
Após prometer para ela esperanças
Assim, seu pérfido objetivo alcança
É sibila traiçoeira da floresta
Uma ave obscura , bela e funesta
Atrai vítimas com voz crocitante
Aluindo o bom senso a cada instante
Melancolia lassa de taciturnas madrugadas
Das pessoas que amaram ou foram amadas,
Semideusa pagã de Dionísica luxúria
Bebe o vinho derramado a cada lamúria