Insídias da Paixão

Na velha cidade, o entardecer

Que ao lado da solidão está a envelhecer

Esperando que um sonho o iluda

Ouvindo os conselhos de uma noite muda

Ela relembra-o antigos amores

Sussurrando ilusões cheias de cores

Persuadindo a uma nova relação

Os sonhos dele outra vez morrerão

Ela o envolverá na escuridão noturna

Soerguendo sua sedução soturna

E Mostrará seu aspecto mais abismal

Com paixão que instiga o instinto animal

Ó paixão obscura que cresce no jardim

Ó era venenosa e espinhenta sem fim

No coração cria sua raiz

Seu fruto é felicidade infeliz

Paixão! Paixão! Paixão! Paixão!

Deixou a felicidade no caixão

Após prometer para ela esperanças

Assim, seu pérfido objetivo alcança

É sibila traiçoeira da floresta

Uma ave obscura , bela e funesta

Atrai vítimas com voz crocitante

Aluindo o bom senso a cada instante

Melancolia lassa de taciturnas madrugadas

Das pessoas que amaram ou foram amadas,

Semideusa pagã de Dionísica luxúria

Bebe o vinho derramado a cada lamúria

Filipe Magalhães
Enviado por Filipe Magalhães em 26/12/2014
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