Oh rei desse meu coração

Com plumas flamejantes atravessou meu coração e fez sangrar paixão em forma de rios.

Ensinou-me que caminhos escarpados escondem belezas e prazeres.

Pediu que ninfas me cantassem e encantassem.

Na frívola aparência de um ser quase imune, queimou comigo sob dias e noites intermináveis.

Sei que o sol, astro rei do verão, sentiria inveja ao te ver passar ao ir me encontrar. Você brilha muito.

As nuvens numa dança rítmica desenham caminhos que te levam mais rápido.

Temeroso és. Oh rei desse meu coração!

Plantou pomares em mim. Arbustas árvores e puro capim macio.

Deitou em meu peito e beijaste-me a cintura.

Ante o ser destemido que desbrava tudo que ainda há de vir.

Fez seu ninho em meu travesseiro e fiz minha morada nos seus versos.

Para o acordo infindável de eu sonhar-te mesmo sem dormir e você escrever-me mesmo quando hoje e amanhã.

[enquanto existir]

Angélica Vespúcio
Enviado por Angélica Vespúcio em 27/12/2014
Reeditado em 27/12/2014
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