Alma nua de amor e dor
Meu interior
É o intervalar incessante
De correntezas opostas
Uma transmutação contínua.
Desfalecido de amor (dor)
Meus esfíncteres se abrem
E a cada contração
Mortes e ressureições sucessivas.
Instabilidade é a única constante
Nudez já não constrange...
Minha alma está exposta, veja!
Não tenha comiseração:
Julgue-a, condene-a, pune-la!
Meu espírito só existe em morte
Com severidade lúgubre então,
Olhe-me, destina-me, tortura-me!
Frieza tua
É agasalho e proteção
E de qualquer secreção
Que sair do teu corpo
Farei meu abraço
Trauma e dor
Fascínio e prazer
Te odeio com toda força
Te amo com toda fraqueza
Masturbo minha ferida
Na sua ausência
Repetindo e repetindo
Movimentos da violência.
Termino gozando sangue
E não há tristeza em mim
Já não tenho sentimentos assim...