Pranto amargurado de Isolda
Amo-te em silêncio, em solidão,
A escuridão vela o meu querer.
Os meus dias seguem na dura ilusão
De, por apenas um dia, nossa união renascer.
A paixão aprisionou minha alma,
Tornei-me cativa de teus encantos.
A cada dia, perco a paz e a calma...
Quão doloroso é o meu sufocado pranto!
A vida nos afastou,
Nosso encontro foi tardio...
O destino me castigou
E deixou-me o amargo vazio.
Volta, meu amado,
Para que eu morra nos braços teus.
Meu coração apaixonado
É e sempre será teu.
Oh, cruel paixão desesperada!
Perdi-me para sempre em teus caminhos...
Minha alma, pobre enamorada,
Não aceita nosso fatal destino!
Reluto, reluto e não consigo...
A paixão domina minhas forças.
Tanto amor, ternura, querer e carinho...
Ó Deus, por piedade, fazei que eu morra!
Amado Tristão, eu já não consigo viver...
Como é triste a nossa sina!
Por não conseguir te perder,
A saudade me assassina.