DESISTO...

Desisto de perseguir, ficar buscando,
Achar, neste teu corpo, o meu espaço;
Desisto de insistir, em vão, tentando,
A chance de me amares pelo cansaço...

Mereço quando me achas um coitado,
Concordo se tu me acusas de covarde;
Aceito, por não haver te conquistado,
Sofrer e até morrer, só, de saudade...

Desisto! E não quero mais te assediar,
É hora de revelar-te um meu segredo,
Que antes nunca pensei em te contar,
Viver sozinho: era este o meu medo...

Desisto de teu amor! Por meus cansaços.
Vou embora. Vou procurar novo carinho,
Novo amor, nova paixão, novos abraços;
É neles que esquecerei os teus carinhos...
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