Como podem não amá-la?
Como pode alguém, nesse mundo de ninguém, não amar como eu a amo, nem vivê-la como eu vivo? Por deus! Amem-na. Deem todo amor que puderem, já que o meu é tão pouco para tudo que ela é. Olhem! vejam quando ela passa, o mundo inteirinho fica sem graça. Até o Tom Jobim a amaria. Qualquer marmanjo de meia idade, qualquer marmanjo de pouca idade, qualquer marmanjo de qualquer idade a amaria. Escutem! Ouçam sua voz. "Bom dia". Calma, ela apenas deu bom dia. Mas é irresistível não cair nas suas graças. Na graça de cada palavra que sai de sua boca. Como podem não amar a covinha que aparece toda vez ela sorri? E seu olhar! ah! O seu olhar. me derrete toda vez que fixa-os nos meus por aqueles eternos milésimos de segundos. E mesmo que eu só a conheça das manhãs, na fila da padaria, onde como todo dia tapioca recheada, sei que todo amor do mundo ainda é pouco para ela.