Nada sei de ti

Eu vi teus olhos,

dispersos na água do mar.

Eram peixes.

Quis alimentar a alma,

mas a fome de amor era

intensa e me perdi

entre os desejos da carne.

O tempo ruiu minhas defesas

e no fluxo das águas

tu partiste de mim.

Hoje nada sei de

ti e o que ficou em

mim são retalhos de

uma colcha antiga,

feita de sentimentos.

De quando em quando

cubro-me com ela.

Mesmo assim, ainda sinto

frio e penso no calor

do teu corpo.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 05/02/2015
Código do texto: T5126143
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