PUNHAL CEGO (Republicando)

O ciúme é um punhal cego

rasgando a carne.

Um veneno lento

corroendo as entranhas.

Um monstro perverso

assombrando o dia.

Lembrando o que fazes

em outro leito.

Chamando um outro corpo.

Ardendo em outra chama.

O ciúme é duro como o túmulo

de um amor sepultado vivo,

gritando o que ninguém ouve.

Esperando onde não há luz,

o socorro que nunca veio.

Obs. Tenho um grande carinho por esse poema, apesar de ter nascido das minhas entranhas num momento de muita dor. Foi o primeiro a ser publicado e o segundo aqui no RL (24.04.2011). Devo a ele, a coragem de mostrar ao mundo, o meu mundo de poesia.