Meus sonhos se desfizeram...

Quais ondas...

Como se fossem eternas e encantadas

Serenatas de sereias...

Entre o azul do céu e a imensidão do mar

Meus passos entorpeceram

Embalados pelas tuas águas

Sem rumo... Sem bússolas...

Por muitos mares viajei

Conheci terras distantes... Abracei ondas

Que nas areias das praias...

Em furor travaram lutas ferozes

Batendo nas pedras... A marulhar...

A espumar...

E nessas águas espalhei

Todas as minhas mágoas...

Pois... Eu precisava chorar...gritar...

Todos os meus segredos...

Todas as minhas sonoridades...

Todo o meu silêncio!