Tempo esquecido

Como triste marinheiro

nas vagas ondulantes

à bolina navego

sem tempo,no tempo

de em cada oceano por ti

deixar sempre a amor navegar

– No tempo esquecido

teus rubros lábios deixarão

pra sempre impressos

os beijos que ficaram perdidos

em delirios calados na

noite adormecida no travesseiro

de tantos desgostos e anseios

– No tempo esquecido

soluço aos ventos teu nome

atrevido

esvaído no timbre sereno

de cada brisa matutina

embalada aos quatro ventos trovadores

desenhados assim magestosamente

numa perfeita e generosa alquimia

– No tempo esquecido

partirei em vagas sentidas

nas ondas

de tantas alegrias

que por fim inundam nossos porões

de tanta poesia

oh…saudade profunda

tornaste-me ousadia

em cada artéria que meu coração

desperta cismado em euforia

numa cavalgada e perversa arritmia

FC

Frederico de Castro
Enviado por Frederico de Castro em 15/02/2015
Código do texto: T5138343
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