E B U L I Ç Ã O . . .

"E é assim: aquele verso que não me

agrada, é o mel que adoça a boca de

outro leitor, e vice-versa. A poesia tem

essa subjetividade, graças a Deus."

(Caio César Muniz - Mossoró/RN)

E B U L I Ç Ã O . . .

Começa com arrepios à flor da pele

Ansiando que no momento se revele

A máxima satisfação do bem querer

A viagem ao universo do corpo nu

Pra saborear o sentimento quase cru

Deixando o menu do sexo acontecer.

E continua em apertos, ah!, amassos,

Os dois perdidos em ardentes braços

Pra sentir na púbis cheiro de alecrim

Que em suspiros tanto "ai" transborda

E na canção um verso só concorda:

- Se essa noite nunca tivesse fim!

E termina porque sempre há outro dia

E outras noites pro corpo que balbucia

- Gostosa! Gostoso! Tesuda! Tesão!

Ebulição é quando o prazer se derrama

Pra delícia de quem na verdade ama

Na cama que mais parece um vulcão!

28/07/2011 - D I L S O N - NATAL/RN.