Penedo da saudade.

Olho o céu triste, pardacento,

Hoje não há o sol a brilhar,

Nem versos de algum alento,

Que façam a alma cantar.

Olho a negra nuvem que passa,

A gaivota, que dança sobre o mar,

O vento, que anuncia desgraça,

O barco nas altas ondas a bailar.

Olho o farol, o penedo da saudade,

Molhado por lágrimas sentidas,

De alguém que amou de verdade,

Ao penedo veio sarar suas feridas.

Olho as rosas bravas delicadas,

Nascidas de lágrimas de amor,

Por amantes ali derramadas,

Entre rezas, pranto e muita dor.

LuVito.