Uma tinta vermelha esquisita...

Escrevo meus sonhos com caneta preta

Tinta complicada de se apagar,

Escrevo minhas dores a lápis,

Letras fáceis de sumirem á um simples toque

De uma borracha, a borracha do tempo...

Escrevo linha a linha com fria saudade, magia.

Escrevo o amor e as cores, a decepção e o coração,

Desenho o coitadinho num verso muito estranho,

Versos inimagináveis da pessoa que sou,

Escrevo as muitas partes da percepção que tenho

Escrevo os perigos e as pessoas, escrevo anjos...

Escrevendo a paz acho o momento correto para rasgar

Meu peito e tirar de lá um coração borrado de tinta,

Uma tinta vermelha esquisita, uma tinta cintilante

De cor bonita, escrevo os pleonasmos e as conjunções,

Escrevo as muitas partes corações, escrevo não!