Meu amor não há
Ser corrosivo diante do adeus, é ser fraco demais
Não posso atenuar todo aquele amor
Resumir num olhar parcimonioso, todo aquele ardor
de quem disse "te perder jamais".
Pois é ela agora tem outros braços, outros sopros
na nuca, pelada, na cama.
Eram cenas próprias de nós dois, agente se ama
ou eu amava, o delírio chato dos hormônios.
Criei expectativas, paradigmas, e chorei na laje
só, com os blocos presentes, de um futuro lar.
Poderia pular de lá, mas em silêncio, me dei ao luxo de gritar
Tranquei sem chave , o túnel estreito, que ainda bate.
Me pergunto se sera fácil me apaixonar outra vez
as respostas , não estão em amigos, em conselhos.
Me respondo quando há trégua, entre o soluço e as fotos
Costumava ter alguém do teu lado, mas não sei o que você fez.
Eu te amo , com força, mesmo em queda livre neste sofá
Sei da oportunidade que provou meus erros
os teus, nossos... nossos momentos.
Melhores dias sem você, meu amor não há.