SEPARAÇÃO

O olhar tingido e talhado em lágrimas,

Que no passado jurou infindas promessas,

Se perdeu há muito, na multidão de votos

Presentemente perdidos na contagem tempo.

O peso da verdade firmada no altar,

A transformou em embuste e engodo.

E o que seria PARA SEMPRE se quebrou

Em pedaços pequenos e injuntáveis.

O que eram dois quase nada se tornou,

E dentre a angústia, o medo e a solidão,

Escolho a última como companheira,

E, ao final, não estarei tão sozinha.

O que dizer das viradas da vida?...

O mínimo medido, de agora em diante.

Sem ousar pronunciar tantas certezas,

Afastando-me de grandes convicções.

Apenas o bastante para equilibrar-me

Ao fio de esperança que ainda me resta.

Evitando grandes afirmações, e sem ousar

O futuro meu, ou de outrem, supor controlar.