VOCE, MEU SOL . . .

sou a mais frágil das brisas,

tão fraca, que s'espreguiça e boceja ;

sou um Céu pacato e pequeno

de um azul tosco e bastardo,

nascido de azuis desbotados;

sou um oceano de arenosas ondas,

sem mansidão de mares,

nem do mar memória;

eu me vejo no triste estertor

de estrelas, ruas e noites..

e me sinto alma incorporada em barro,

inóspita, vazia, impura;

sou temporal de emoções,

madrugada sem-fim;

espero então a manhã clarear,

pra sentir o conforto do dia...

e o Sol de meu você

nascer de novo em mim!

(Tadeu Paulo – 2007)