OS TEUS OLHOS DE ANJO.

Vejo pequenos estilhaços de luz que me povoam com uma tempestade de sentimentos, ou são fragmentos de ilusão que me invadem com a tua presença, sinto o teu calor dobrar o espaço da indiferença, com a cor azul da tua renascença, pois eu ainda sou guiado pelos teus olhos de anjo, que são com um arranjo de um jeito quase perfeito, feito no jardim do teu encanto, e eu nesse meu recanto, vendo em cada canto os lumeeiros na minha escuridão, em confusão com as estrelas do nosso espaço, aquela mesma que eu vi brilhar em cada abraço.

E todas as mudanças que o tempo nos faz passar entre lagrimas de alegria ou de tristeza, e somos tocados como um sino o faz pela sua própria natureza, na certeza de sermos o guardião da nossa saudade, é quando consigo te vestir com flores colhidas do nosso jardim, onde as pétalas são lenços perfumados de jasmim, para enxugar as gotas da nossa transpiração, onde a tua sedução é a voz tênue do teu coração, e que faz cada ferida se dissipar pela cicatrização, como um descarte delicado feito pela solidão.

Eu peço, suplico, meço, explico, encabeço um manuscrito que é a seiva da nossa fecundação, nessa cama onde ainda dorme a nossa louca paixão, que ecoa como um grito da ilusão, e toda essa definição é o ardente desejo em explosão das minhas lembranças, que germinaram como tranças feitas no nosso lençol, aonde no alto do nosso farol, contemplamos as estrelas da nossa esperança.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 02/04/2015
Reeditado em 29/08/2018
Código do texto: T5192211
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