FOLHAS QUE VÃO

Da água, que do ocaso desprendeu,

assim que o dia amanheceu,

sobrou uma gota, na folha que balançava.

Eu a observei,

até que o primeiro raio de sol,

brotado de um alaranjado arrebol,

fez com que ela desaparecesse.

Sobrou a folha,

mas, seu verde logo ficou amarelo,

e, como se fosse, da vida, um paralelo,

de repente secou, caiu.

E a gota d'água que não mais se viu,

de novo, nasceu na minha face,

em forma de lágrima.

Outra folha viria,

outro raio de sol a mataria.

Assim é o nosso relacionamento.

Desde que nasceu,

o sentimento parece ir e voltar,

até um dia, quem sabe?

Inacreditavelmente, acabar.

Eliezer Ávila
Enviado por Eliezer Ávila em 05/04/2015
Código do texto: T5196363
Classificação de conteúdo: seguro