FOLHAS QUE VÃO
Da água, que do ocaso desprendeu,
assim que o dia amanheceu,
sobrou uma gota, na folha que balançava.
Eu a observei,
até que o primeiro raio de sol,
brotado de um alaranjado arrebol,
fez com que ela desaparecesse.
Sobrou a folha,
mas, seu verde logo ficou amarelo,
e, como se fosse, da vida, um paralelo,
de repente secou, caiu.
E a gota d'água que não mais se viu,
de novo, nasceu na minha face,
em forma de lágrima.
Outra folha viria,
outro raio de sol a mataria.
Assim é o nosso relacionamento.
Desde que nasceu,
o sentimento parece ir e voltar,
até um dia, quem sabe?
Inacreditavelmente, acabar.