Amo tudo como houvesse amor em tudo

Amo tudo como houvesse amor em tudo;

como amar fosse o infestar de percevejos,

como tudo que faz sombra à beira-sol.

Nunca hei de julgar o pouco-amor;

amo tudo como houvesse amor em tudo,

e mesmo que (pasmem) não fora amor,

amo

tão na certeza que amo,

que embora por ventura amor não fosse,

de tanto amor que há,

amor seria.