Os ventos que sopram do forte...

Ainda me sinto preso nas algemas da minha imaginação,

sinto as correntes amarradas nos meu calcanhares e um gosto sujo de ilusão.

Sinto-me amordaçado,por mordaças que eu mesmo criei...ainda em queda,

com uma atitude que não foi nobre,em uma noite alucinante..aonde tive que correr em busca de uma salvação.

Contemplando minha queda todos estiveram la,me vendo em uma prisão sem muros,auto flagelando minha mente e meu coração.Lembrei que em mais um lamento não havia assinado contrato com a infelicidade,fui de encontro ao FORTE.

Não mergulhei no azul da cor do mar,nem muito menos se ajoelharam para que eu pudesse passar,não preciso disso.

Simplesmente senti o vento que vinha do forte,vento esse que levou o mal para dentro do mar.

Naquela tarde o vento dizimou as minhas algemas e me fez enxergar que ainda existe salvação,mesmo sem credibilidade e não tendo uma atitude nobre naquela noite,planejei minha fuga..e fugi!

Nadando contra a maré,senti aquele suave vento que vinha do norte,vento que soprou forte e que arrastou a tristeza para fora do meu coração.

Em uma tarde aonde contemplei os ventos que vinham do forte,não chorei..não,me sinto culpado,e quem um dia já foi resposta se transformou em duvida e vagou no vazio da escuridão,quem um dia já foi prazer hoje em dia se transformou em destruição.

Mas mesmo que hoje as palavras não digam nada a vocês,já cheguei no fundo,porém posso mais uma vez me agarrar aos ventos que sopram do forte.

Leandro nogueira

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 09/04/2015
Código do texto: T5200478
Classificação de conteúdo: seguro