Sofro, pois impossível
...
 
Impossível se faz esse amor e grande dor me imola, me tole,
Ver sentimento igual a esmo ser expresso, o que me fere,
E sem lastro essa frágil nau segue a deriva e célere,
Naufraga na ampla sintonia que esparge sem controle.
 
Posso sentir que vês banal este ato ou nem percebes,
Mas se expressas infindos desejos e mesmas juras,
Embora entendas que são divagações puras,
Vês no amor um jogo banal e assim concebes.
 
Vá, retorna ao rumo que o instiga neste mundo sedutor,
Atraído por caminho insinuante,  para o amor tão fatal,
Alijado a remeter-se a ver como normal, mesmo banal,
Me faz partir a sofrer por não te viver jamais, meu amor.
 
Profusão de emoções e enlevo o arrebata como a viver um jogo,
De um amor descabido que subitamente o desperta qual tormento,
Que arraigar-se em seu imo, o absorve, domina corpo e sentimento
Hoje impelidos, a deriva, qual nau em borrasca, a pique, sob rogo.  
 
Devo abster-me do presente que nos provoca a anuir,
Com o que foi impossível outrora, hoje o faz descabido amor,
Ao abandonar subitamente meu rumo causar magoa e dor,
Oh, vida! Seria só inverter nossos caminhos para nos ver sorrir.
 
03/10/14
 
Vana Barsan
Enviado por Vana Barsan em 12/04/2015
Código do texto: T5204434
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