Sonho
 
Esse amor lancinante que sangra o peito, 
Entorpece a mente ao raiar do dia,
Torna insome ou agita as noites em agonia,
Esse amor faz parte, é ser, não há engano, está feito.
 
Feito demencia, cria muito sonhos, faz delirar,
Perdida em névoas de experiencias que se vive,
Contatos remotos, tempos sozinha sorve,
A ilusão de se ter seu, ao lado, outrora sonhar.
 
A provar que há nas vidas predestinado empecilho,
Que ocorrerem ao sinal do despertar para uma historia,
Livre amor para alguns seria um sonho em glória,
Viver-se diariamente integrados, noite e dia, que idílio.
 
Que pena se apenas um por décadas desejava,
Com amor incondicional a devorar fremente o engano,
Seguir sem ser cogitado, ter somente sonhos em ébano,
Ao final do rumo ser lembrado por confissão que o guiava.
 
Enfim, tanto amor em vão, numa vida "porcaria",
Tanta nostalgia por um amor que foi capaz,
De preterir sonho de amor, por "sonho de padaria".
 
Vana Barsan - 12.04.15
*  (salvo dos arquivos...)


Em quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015