Minha cara amiga!

(lendo A TECELÃ de Mauro Mota)

Ai! Minha cara amiga sem memória

Esse beijo quem te deu?

Muito embora nada lembres

Esse beijo não é seu...

Nem sei como te explicar

Só sei que por te idealizar

Meus anseios aclamei

E um beijo lhe doei...

Minha cara amiga sem memória

Esse beijo pertence a qual história?

Procurei por esse beijo

Por todos os cantos da cidade

Mas os becos tão profanos

Me mostraram a promiscuidade.

Minha cara amiga sem memória

Esse beijo teve uma trajetória...

Procurei por esse beijo

Pelos caminhos da devassidão

Mas perdido me restava o âmago na solidão

Que regressou a dor da saudade.

Ai! Minha cara amiga sem memória

Esse beijo quem te deu?

Muito embora nada lembres

Esse beijo é o meu...

Devolva-me ele agora!

vanda costa
Enviado por vanda costa em 26/04/2015
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