BRUMAS DO TEMPO

BRUMAS DO TEMPO

Refletem sutis nas brumas do tempo

Toda clivagem de realidades nuas

Envoltas pelas lembranças tuas

Nas nuances soltas nos contratempos

Achas langorosas minhas vontades

Mas tal apresenta-se nua e crua

E meu pensamento vaga tua rua

Entrelaçando todas nossas verdades

Vive a propugnar por ti meu desejo

Que nunca será áulico do vil acaso

Pois amanheço sob teu ocaso

E ter-te é o que mais e mais ensejo

Esse é o apanágio dessa fragilidade

Perdido em tua florescente paisagem

Achando no pernóstico destino mensagem

E toda força centrada em tua personalidade

No esgrimir de nossas aladas diferenças

Nada obnubilará nosso denso querer

E mesmo sabendo que nada fiz por merecer

Estará sempre presa em minhas lembranças

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 29/04/2015
Código do texto: T5224664
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