Baiana
A flor que Jorge Amado não escreveu
De manto branco sobre a pele amarelada
De loiros cabelos perfumados
Respira com ar de apaixonada
Envolve, devolve, sorrisos
Adocica qualquer paladar
Envolve sem querer se entregar
Se entrega e não pode voltar
Recua, defende, nega
Enxerga com pessimismo
Até ouvir uma voz
Esquece todo achismo
Rebola e encanta ao andar
Bahia na alma, na alegria à dançar
Embala forrós, xaxados e xote
Encanta, me espanta, minha sorte
É minha, só minha
Não abro mão
Sua, suas, só suas
Minha boca, o coração