A poesia me tira o fôlego,
Bebe meu vinho,
Me atiça com gracejos,
Me chama de menina,
Despenteia meus cabelos,
Gosta do meu batom vermelho,
do perfume que me envolve
das minhas meias de seda...
Desce mansa nas águas do tempo
me afogando em agonias;com seu olhar
atrevido,seu amor desmedido
soluçando queixumes como letra de bolero.
Tento escapar como um pássaro
do passarinheiro, com seus versos
rodopiando à minha volta, em revoada
de desejos como pirilampos
em emissões luminosas...
Vestida de noite,com o luar no olhar
Acorda meus sonhos,pede pra ficar...