POR QUÊ?

Seja primavera de flores, seja desflorado outono,

Esteja triste o inverno ou radiante o verão,

Faça do amor, a cada instante, o seu Guardião,

Anjo velante que assiste o seu sono

No descanso da noite, e a sua labuta

Do dia, no remanso da paz, ou na correria da luta.

Em seu pomar interior,

Cultive o amor com sinceridade,

Apesar (ou por causa) do clima,

Porque, da alva ao ocaso da vida, do amor

Dependem a semente da autoestima

E a árvore da felicidade.

E eu, já com a alma quebrantada,

Afogada em lágrima profunda,

Crucificada e desfeita em partes,

Ouço a minha parte sobrevivente, que vos pregunta,

Agonizante, esquecida e consternada:

Amor que sempre amei, por que me abandonastes?

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 20/05/2015
Reeditado em 02/10/2017
Código do texto: T5248969
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