Plenilúnio


Semiencoberta por nuvens, talvez pudica
Como se por veste diáfana, transparente,
A lua, em plenilúnio, ao que tudo indica,
Vai-se descobrindo aos poucos, de repente.

Como se fôra a mulher amada adormecida,
No esplendor de sua beleza sobre o leito,
Bocejante, sensual, por fim ei-la despida
Acelerando meu coração dentro do peito.

Raios fúlgidos que de seus olhos emanam,
Em busca do brilho dos meus... lábios rubros
Que se abrem em um sorriso e me ufanam,

Balbuciante, sussurrando convites sem pudor.
E num abraço terno eu a envolvo e a cubro,
Iluminados pela lua neste momento de amor.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 21/09/2005
Reeditado em 01/10/2013
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