NA ABA DO MEU CHAPÉU

Conheço o meu chapéu,

faço continência com ele.

O chapéu veste minha cabeça,

aba que me protege do sol.

Vivo debaixo dessa aba,

da sombra oval que ela produz.

Conheço as abas que te absorvem,

os pelos dos quais são feitas.

São abas revestidas com pelos de felinos,

gemem no calor do Sol.

Tuas abas acolhem cabeças,

cobrem o rosto, sombreiam o pescoço.

A minha cabeça leva um chapéu

junto às tuas abas.

São abas que prensam o meu

chapéu.

Tuas abas absorvem o meu corpo,

o suor do meu rosto, retiram-me a fadiga.

Pedro Matos

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 07/06/2015
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