PORTO IGNORADO


Mesmo com tantas visitas, ignora porto desejado.
Cobiçado tantas vezes pela confiança de sempre em
Qualquer hora marcada abrigava carinhosamente.
A sensação de que também era possuidor do porto.

Porto ignorado, mas servido como esconderijo aos
Amores incansáveis de tudo e mais um pouco sem
Ninguém tomar conhecimento, pois só um toque
Querendo dar muito prazer sem se conter nesse
Porto, hoje ignorado excluído e bloqueado de fato.

Como em cenário de amo, abrem-se cortinas mesmo
Na sala de estar se desenrolava o passa a mão
Nos corpos inteiramente nus liberando orgasmo.
Porto abandonado sem piedade por capricho odioso.

Jamais negado pela situação ambígua de um ente.
As lembranças do ontem eram discutidas sem censura.
Conversa posta em dia pelo amor havendo excitação.
Pensava-se talvez fosse amor, paixão não há resposta.

Porto ignorado continua com portas abertas até
Passagem de um ou outro, pois nada é para semente.
Retratação seria desejada para esclarecimento sem dor.
Porém, o receio de um mundo saber domina desejo, fracassa.


 




 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 21/06/2015
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