Diz-me amor

Diz-me, amor, como te sou querida,

Conta-me a glória do teu sonho eleito,

Aninha-me a sorrir junto ao teu peito,

Arranca-me dos pântanos da vida.

Embriagada numa estranha lida,

Trago nas mãos o coração desfeito,

Mostra-me a luz, ensina-me o preceito

Que me salve e levante redimida!

Nesta negra cisterna em que me afundo,

Sem quimeras, sem crenças, sem ternura,

Agonia sem fé dum moribundo,

Grito o teu nome numa sede estranha,

Como se fosse, amor, toda a frescura

Das cristalinas águas da montanha!

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 06/07/2015
Reeditado em 27/02/2023
Código do texto: T5301546
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