Diva

Você é a flor mais apagada

exalando o perfume mais doce

É beleza mais suave,

Num jardim de pedras no deserto.

O mundo está inteiro!

Até sua chegada,

Quando passas pela porta

O chão de palha amarrota,

Evaporando como chuva de verão.

Não sei o que sinto.

Não te desejo.

Mas de minha cabeça sua imagem não sai.

Minha mente quer sentir repulsa

Pela sua majestosa estupidez

E minha sanidade condena toda

esta insegurança.

Amar ou odiar?

O que é amar? Odiar até quando?

Tudo se esfarela quando olho no fundo

castanho de seus olhos negros.

E todos percebem, o mundo percebe,

Não sou imune à sua doentia radiação.

Sinto-me Nu! Exposto em paredes de ar,

Que adentram meus medos e explodem em dúvidas.

A tua presença é labirinto do meu gostar.

Tua sutileza assemelha-se a um jardim de cactos.

E deitar-me em sua trama.

Me torna insolente, fraco!

Significa matar tudo que um dia

Acreditei estar vivo...

É dar vida a tudo que julguei inerte.

É louco! O nascer do humano insano.

Ou correr, ou esconder,

Ou adentrar o parecer impenetrável.

Descobrir em rochas o brilho de uma estrela.

Extrair do mármore o tesouro mais cintilante.

G Trindade
Enviado por G Trindade em 10/07/2015
Código do texto: T5306454
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