Mulher

Seu cabelo era da cor da goma de mascar

Sua boca vermelha era um convite a se desejar

Não se podia negar que havia beleza no seu olhar

Ela era doce como um açúcar no fundo da xícara de café

Sincera como versos escritos por cada poeta secreto

Ela era mistério,era desejo, era intensa como amores de novelas.

Mas a mulher não era bela como os padrões de beleza diziam a ela

A garota não tinha o corpo delineado como esculturas desses artistas

E mesmo que ela não se acha-se bela e nem se admira-se

Sempre haveria alguém com olhos e sentidos bem apurados

Que saberiam apreciar de verdade a beleza que há por dentro

Dessa tímida e desafiadora mulher das madeixas rosadas como chiclete.

Letícia Fonseca
Enviado por Letícia Fonseca em 10/07/2015
Reeditado em 10/07/2015
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