Amare

Será um poeta, o poeta que nunca

poetizou sobre o amor?

A pergunta que alçou minha

inquietação deste teor

Será o amor universal portadora

de uma natureza singular?

Que pode ser concebida em

diversas definições a cada olhar?

Uma pessoa amada pertenceu em

minhas histórias

Fato que ficará em eterna

consciência sob memórias

Não cabe a me desvendar a

resposta absoluta

E sim discorrer em versos do

meu jubilo e de minha luta

Jubilo por este amor ter me

elevado a um estado surreal

O coração acariciado pelos anjos

do paraíso fraternal

Olhava para as lindas nuvens e

devaneava a minha amada

Doce como o néctar de uma flor e

bela em uma alvorada

A cada encontro o desejo pela

eternidade era veemente

E a cada fim a tristeza me

abatia copiosamente

Não há como deter as lágrimas

salobras neste agora

O piano dilacera minha alma

jorrando lembranças afora

O amor me levou a momentos

sublimes nunca mais alcançados

A saudade é inegável, o aperto no

peito e os traços maltratados

A luta, o antagonismo deste amor,

me jogou no abismo

Que até hoje continuo derradeiro,

em um verdadeiro cataclismo

Por amar e desconhecer a si

mesmo cai num báratro emocional

Temeridade a acordar, a tortura

intensa, era o estado infernal

Infelizmente tomei a decisão de

cessar o alimento deste amor

Caso contrário chegaria a um

estágio de terror

O amor, tal ação é subjetiva em

meio a tragédia e a alegria

Em vida mostrei a faceta dela por

estas estrofes da minha poesia

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 25/07/2015
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