Não basta sede nos sonhos pela amada

O amor quando escapole do coração

não tem jeito, nem o tempo recupera

nem adianta deixar suspiros, rastros

saudades, vestígios à vista... O vento não mitiga.

Confunde a vida, mistura os pensamentos

invade a intimidade sem vigor, fragilizada

agride a sensibilidade carente à flor da pele...

O vento leva tudo com força aloucada

só não consegue arrastar nem a “tapa”

o conservado dentro do baú do coração.

Deixadas marcas, a fronte perdida na direção

e o olhar, não se encaram, arrastam forças

sofrem as pesadas acanhadas conseqüências

pelo declínio do amor, sem tino, distante de regresso...

Nódoas alvejadas avançam, alimentam

criam de propósito, impasse aos insone sonhos...

Não basta sede nos sonhos pela amada

nem pensamento centrado nas lembranças

mesmo sendo justo o propósito do desejo

o coração pede e instala saudade absoluta.

Ao descaminho, negado companhia... Implorado amor.

É fato consumado, os olhos confusos, sonharem

com o olhar da amada, até sem chance de sucesso.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 20/08/2015
Código do texto: T5352493
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