LABIRINTOS...
No meu imaginário tudo posso,
Até ouvir palavras soltas,
Que finjo ter esquecido,
Batendo o coração esquisito,
Num pulsar sem volta.
Labirintos de beijos nossos,
De calar palavras loucas,
Que peno por tê-las ouvido,
Fazendo meu coração sofrido,
Jurar dividido entre o amor e revolta.
Novelo então partido que esboço,
Tentativas de junta-lo, tão poucas,
Como se eu não suportasse revivido,
O imaginário e o real tão dividido,
Que a alma do corpo se solta.
Então sobeja o mero remorso,
De me transformar em escopo,
Quando do amor não ter atingido,
Mas dele apenas ter sobrevivido,
Com restos de linhas envoltas.