LABIRINTOS...

No meu imaginário tudo posso,

Até ouvir palavras soltas,

Que finjo ter esquecido,

Batendo o coração esquisito,

Num pulsar sem volta.

Labirintos de beijos nossos,

De calar palavras loucas,

Que peno por tê-las ouvido,

Fazendo meu coração sofrido,

Jurar dividido entre o amor e revolta.

Novelo então partido que esboço,

Tentativas de junta-lo, tão poucas,

Como se eu não suportasse revivido,

O imaginário e o real tão dividido,

Que a alma do corpo se solta.

Então sobeja o mero remorso,

De me transformar em escopo,

Quando do amor não ter atingido,

Mas dele apenas ter sobrevivido,

Com restos de linhas envoltas.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 20/08/2015
Código do texto: T5352788
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