Bem-vindo Eros?
Como os Simbolistas caminho
para a fronteira da embriaguez
Restando a companhia do vinho
para poetizar outra vez
O ar fantasmagórico do piano
torna o ambiente ubertoso
Opimo de estímulos sensoriais
elevando-me ao maravilhoso
Meus olhos transbordam, minhas
narinas congestionadas
Lágrimas que ascendem para o
mundo e são contempladas
Quanta cerimônia para discorrer
sobre este objeto
Assunto este que aquietou os
gregos e eu, seu novo afeto
Será que estou diante de um
inédito amor?
Será que o aleivoso destino
reserva um doce sabor?
Depois de voltar do inferno eu me
vejo como uma nova criatura
Hodierno sim, revisada a filosofia
e pronto para uma aventura
Os raios da lua incidem no meu
rosto fustigado pela vida
Destituído de prazeres que
movem o homem e a valida
Em poucas horas as luzes da
aurora banharão minha lucidez
Talvez abortado de um deleitoso
sonho que um dia se desfez
Em um outro canto da Aurora se
encontra um encanto
Uma jovem que despertou meu
senso por enquanto
Sim, posso dizer que sou vitima
de Eros, ela me conquistou
Por tempos subestimei que não
acharia, mas encontrou
Neste agora tenho apenas que
desfrutar do momento
Superar alguns infortúnios e
desdém deste evento
Claro que ao decorrer ela ganhará
uma linda poesia
Fruto do nosso envolvimento que
marcará o dia