Sereno

E sob o raio de sol você brilhou, seu sorriso me encantou e eu não percebi que logo você fechou as cortinas do meu coração para o mundo e se adentrou nele, cada vez mais e mais e então como um luar solitário, eu vi logo as estrelas a me acompanhar.

Bonito quando você choveu em meu peito e eu lhe servi de guarda chuva, bonito quando você foi meu cobertor no meu mais intenso frio, e quando demos as mãos no outono onde outrora era verão e já foi o inverno e ainda estamos juntos como as cores da aurora boreal, sempre alegres, dançando aos céus, servindo de escudo para o mundo, transformando o que é mortal em arte e alegria.

Que ao toque suave da sua pele, que ao atrito de você em mim, que nosso suor se juntando como se um rio passasse por cima de nós, que ao som do céu, do mar, do ar, de seu coração, que à brisa bem de leve tocando nossos olhos enquanto eles se tocam, não nos afastarmos um do outro como o sapo se afasta do rio, pois predadores frios estão aqui na espreita a cada segundo para secar o amor que corre por entre nossas veias.

“Eu nem vi, quando você espetou sua casa aqui...” Cícero – Ensaio sobre ela.

A como o fruto daquela arvore estragada se recria ao cair no chão, semeia a terra para que a vida não cesse, deixo meu fruto em seu coração, para que o seu amor nunca se encerre.

Adilson Fabbri
Enviado por Adilson Fabbri em 31/08/2015
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