QUE NÃO AMANHEÇA...
Noite sem luar... Lá fora chove... faz frio
Vejo da vidraça o riscar de azul brilhante
Um relâmpago corta os céus embelezando
Esse negror... Como se fossem dois amantes
O relógio não se cansa de marcar o tempo
Que carrega em seu vazio minhas vontades
De ser tua... Antes que a noite pereça
Que não amanheça em nosso olhar a tal saudade
Aqueça-me do frio... Na febre do teu ser...
Me embriague com seu beijo, meu doce sonhador
Você é meu poema... Meu poente... Meu prazer
É teu meu corpo inteiro, meu segredo... Meu amor